O mobiliário geriátrico

Denomina-se mobiliário geriátrico a uma panóplia de mobiliário, que possui determinadas características adequadas à sua utilização pela população mais sénior ou com mobilidade reduzida.

Encontramos nesta categoria, camas articuladas, mesinhas de cabeceira, mesas de apoio, cadeiras e cadeirões.

Em ambiente domiciliário

As camas articuladas podem ser manuais, acionadas por manivelas que elevam a cabeceira e os pés através da força exercida pelo cuidador; elétricas, exatamente com as mesmas funções da cama manual, mas acionada através de um comando, que pode ser exercida pelo cuidador ou pelo utilizador da cama; ou elétricas com elevação, permitindo a elevação da cabeceira e pés por comando e também elevar a cama em altura. A cama elétrica com elevação é a cama que mais auxilia o utilizador e o cuidador na vida diária, porque permite colocar a cama à altura de cada necessidade especifica. Quando a pessoa entra ou sai da cama, esta é colocada à altura da dobra dos joelhos, permitindo um levante e um deitar mais fácil. Quando a transferência é executada diretamente para uma cadeira, auxilia bastante o cuidador, pois permite colocar a cama na mesma altura da cadeira, facilitando as manobras de transferência. Para o tratamento ou higiene do utilizador, colocar a cama à altura do cuidador, possibilitando efetuar as operações sem sobrecarregar a zona sacrolombar, diminuindo bastante o esforço do cuidador.

As mesas de apoio são também uma grande ajuda para as refeições na cama ou no cadeirão, bem como permitem ao utilizador usá-las para trabalhar a motricidade ou apoiar livros, jornais ou revistas, para manter o cérebro mais ativo.

O mobiliário em geral, mesas de cabeceira, ou móveis, devem ser de fácil utilização, com portas e gavetas fáceis de abrir e fechar. Os seus contornos devem ser redondos, sem qualquer zona pontiaguda, que possa causar perigo em caso de queda.

As cadeiras devem ter braços de apoio laterais, bases de assento largas e não devem ser demasiado baixas, de modo a facilitarem o agachamento e levante sem demasiado esforço.

As mesas devem ter altura de 75cm, para permitir o acesso numa cadeira de rodas, permitindo a sua colocação à mesa de forma natural e acedendo normalmente a uma refeição ou a realização de qualquer outra atividade na mesa.

O cadeirão é muitas vezes essencial para permitir levantes e posicionamentos diferentes dos conseguidos na cama. Os cadeirões geriátricos não têm as massagens tantas vezes publicitadas nas lojas de mobiliário, são na sua normalmente desaconselhadas para a maioria dos casos geriátricos. É fundamental um cadeirão cuja altura do assento não seja demasiado baixa, que permita um posicionamento correto e simultaneamente confortável. Sendo manual ou elétrico, é importante permitir 3 posições – sentado, sentado com pernas elevadas e deitado. É também muito importante que tenha orelhas, de modo a permitir que ao adormecer permaneça em segurança e sem risco de queda lateral da cabeça ou do tronco.

Em ambiente institucional

Para além de tudo o que já foi mencionado anteriormente, quando se trata de ambiente domiciliário, nas instituições há uma série de outras regras a considerar, nomeadamente a obrigatoriedade de utilização de cadeiras com braços no refeitório. Para o refeitório é também necessário o móvel de apoio ao refeitório, como os louceiros para uma operacionalidade da refeição mais eficaz.

Também para a zona de lazer e/ou atividades de desenvolvimento, é necessário mesas com largura e altura especifica, para permitirem acesso a cadeiras de rodas.

Nesta categoria, encontram-se também os cacifos para a zona de descanso dos funcionários. Mesas, cadeiras e sofás para as zonas comuns e de visitas. Cadeiras de costas altas para a sala de estar, que podem ter rodízios e reclinação ou não.  Para o gabinete médico, secretária, cadeiras, armários de medicação com chave e marquesa.

Dependendo das disponibilidades que cada instituição possua para oferecer aos seus utentes, há diversas peças de mobiliário adequadas.